quarta-feira, 22 de março de 2017

Ansiedade é dor!

Escreverei hoje as palavras de uma pessoa que sofre de ansiedade...

palavras de P: "Refleti muito até ter coragem pra expor isso que me aflige imensuravelmente.
Precisamos conversar sobre o transtorno de ansiedade.
Esperar muito por algo, ficar de olho no celular pra ver se a pessoa que você gosta responde, contar os minutos minutos pro horário de aula/trabalho acabar… nada disso é ser ansioso, algumas pessoas podem achar que é, mas não. Ansiedade não é legal, ansiedade não é motivo de orgulho, a ansiedade não deve ser romantizada.
Minha ansiedade dói na mente, dói no meu corpo, não me deixa respirar. Perco o controle sobre meus sentimentos e tudo parece ser caos… A ansiedade me faz ficar me preparando o dia todo pra quando algo ruim acontecer porque de alguma forma, sinto que algo ruim vai acontecer.  Ansiedade vem com um aperto no peito, cria um nó na garganta, me faz vomitar, e meu corpo todo dói. A ansiedade me seca a boca, me faz tremer e meu corpo formigar. Me torna propensa a qualquer momento poder cair no choro, e esse choro ser incontrolável.
Ter  ansiedade me priva constantemente, me faz cancelar coisas que marquei em cima da hora, coisas que queria fazer, coisas que quero conseguir fazer, mas às vezes só consigo ficar sozinha. A ansiedade me faz pedir desculpas demais, me faz sentir um estorvo. E é comum agonizar dias e dias pensando se falei algo que não devia, me faz não conseguir pedir ajuda por achar que minha dor não é válida.  A ansiedade me deixa acordada a noite toda, e ter pesadelos quando enfim durmo, acordar com o coração descompassado, sem conseguir respirar. Não é legal ter, ansiedade me faz pensar demais, racionalizar demais… Estou sempre medindo palavras, pensando demais antes de agir.
Me faz parecer dramática, louca, pra quem não tem, porque as pessoas não conseguem entender o que acontece no meu interior. Me faz mentir toda vez que alguém pergunta se está tudo bem. Mesmo quando minha mente está me matando, digo que tá tudo ótimo porque não quero ter que explicar que não tenho controle sobre isso, não ainda. A ansiedade tensiona cada músculo do meu corpo enquanto tento lidar com questões internas e tento manter o rosto sereno pra ninguém notar. Me faz sentir a todo segundo que tem alguém chateado com algo que eu fiz ou falei. O peso de tudo fica dobrado e sinto que preciso cuidar de todo mundo, mas não deixo ninguém cuidar de mim.
Não quero ouvir que estou sendo ridícula ou exagerada. Só quero que  entendam que minhas  qualidades estão acima da ansiedade, que ela não determina quem eu sou. 
Se você também luta contra a ansiedade, saiba que não está sozinho. Alguns dias são difíceis mesmo, mas uma hora o sossego há de chegar pra cada um. E pra quem não tem, mas conhece alguém que tem, pra quem conhece a mim,  respeite essa pessoa, me respeite, não nos julgue. No fim estamos todos tentando sobreviver a  nós mesmos e a esse mundão, mas algumas pessoas têm batalhas maiores que as outras. Seja gentil, você não sabe pelo que o outro está passando."

domingo, 26 de fevereiro de 2017

DEPRESSÃO BIPOLAR

O que é a Doença Bipolar?

1 - O QUE É A DOENÇA BIPOLAR?  (Doença Maníaco-Depressiva)

A Doença Bipolar, tradicionalmente designada Doença Maníaco-Depressiva, é uma doença psiquiátrica caracterizada por variações acentuadas do humor, com crises repetidas de depressão e «mania». Qualquer dos dois tipos de crise pode predominar numa mesma pessoa sendo a sua frequência bastante variável. As crises podem ser graves, moderadas ou leves.
As viragens do humor, num sentido ou noutro têm importante repercussão nas sensações, nas emoções, nas ideias e no comportamento da pessoa, com uma perda importante da saúde e da autonomia da personalidade.

2 - QUAIS SÃO OS SINTOMAS DA DOENÇA BIPOLAR? (Definem-se os que caracterizam cada tipo de crise)

MANIA
O principal sintoma de «MANIA» é um estado de humor elevado e expansivo, eufórico ou irritável. Nas fases iniciais da crise a pessoa pode sentir-se mais alegre, sociável, activa, faladora, auto-confiante, inteligente e criativa. Com a elevação progressiva do humor e a aceleração psíquica podem surgir alguns ou todos os seguintes sintomas:
  • Irritabilidade extrema; a pessoa torna-se exigente e zanga-se quando os outros não acatam os seus desejos e vontades;
  • Alterações emocionais súbitas e imprevisíveis, os pensamentos aceleram-se, a fala é muito rápida, com mudanças frequentes de assunto;
  • Reacção excessiva a estímulos, interpretação errada de acontecimentos, irritação com pequenas coisas, levando a mal comentários banais;
  • Aumento de interesse em diversas actividades, despesas excessivas, dívidas e ofertas exageradas;
  • Grandiosidade, aumento do amor próprio. A pessoa, pode sentir-se melhor e mais poderosa do que toda gente;
  • Energia excessiva, possibilitando uma hiperactividade ininterrupta;
  • Diminuição da necessidade de dormir;
  • Aumento da vontade sexual, comportamento desinibido com escolhas inadequadas;
  • Incapacidade em reconhecer a doença, tendência a recusar o tratamento e a culpar os outros pelo que corre mal;
  • Perda da noção da realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes»;
  • Abuso de álcool e de substâncias.
DEPRESSÃO
O principal sintoma é um estado de humor de tristeza e desespero.
Em função da gravidade da depressão, podem sentir-se alguns ou muitos dos seguintes sintomas:
  • Preocupação com fracassos ou incapacidades e perda da auto-estima. Pode ficar-se obcecado com pensamentos negativos, sem conseguir afastá-los;
  • Sentimentos de inutilidade, desespero e culpa excessiva;
  • Pensamento lento, esquecimentos, dificuldade de concentração e em tomar decisões;
  • Perda de interesse pelo trabalho, pelos hobbies e pelas pessoas, incluindo os familiares e amigos;
  • Preocupação excessiva com queixas físicas, como por exemplo a obstipação;
  • Agitação, inquietação, sem conseguir estar sossegado ou perda de energia, cansaço, inacção total;
  • Alterações do apetite e do peso;
  • Alterações do sono: insónia ou sono a mais;
  • Diminuição do desejo sexual;
  • Choro fácil ou vontade de chorar sem ser capaz;
  • Ideias de morte e de suicídio; tentativas de suicídio;
  • Uso excessivo de bebidas alcoólicas ou de outras substancias;
  • Perda da noção de realidade, ideias estranhas (delírios) e «vozes» com conteúdo negativo e depreciativo;
Por vezes o/a doente tem, durante a mesma crise, sintomas de depressão e de «mania», o que corresponde às crises MISTAS.

3 - QUANTO TEMPO DURA UMA CRISE?

Varia muito. A pessoa pode estar em fase maníaca ou depressiva durante alguns dias, ou durante vários meses. Os períodos de estabilidade entre as crises podem durar dias, meses ou anos. O tratamento adequado encurta a duração das crises e pode preveni-las.

4 - É POSSÍVEL PREVER AS CRISES?

Para algumas pessoas, sim. Umas terão uma ou duas crises durante toda a vida, outras pessoas recaem repetidas vezes em certas alturas do ano (caso não estejam tratadas!). Há doentes que têm mais do que 4 crises por ano (CICLOS RÁPIDOS).

5 - EM QUE IDADE SURGE A DOENÇA?

Pode começar em qualquer altura, durante ou depois da adolescência.

6 - QUANTAS PESSOAS SOFREM DA DOENÇA BIPOLAR (Maníaco-Depressiva)?

Aproximadamente 1% da população sofrem da doença, numa percentagem idêntica em ambos os sexos.

7 - QUAL A CAUSA DA DOENÇA?

Há vários factores que predispõem para a doença, mas o seu conhecimento ainda é incompleto.
Os factores genéticos e biológicos (na química do cérebro) têm um papel essencial entre as causas da doença, mas o tipo de personalidade e os stresses que a pessoa enfrenta desempenham também um papel relevante no desencadeamento das crises.

8 - DEPOIS DE UMA CRISE DE DEPRESSÃO OU MANIA VOLTA-SE AO NORMAL?

Em geral, sim. No entanto, devido às consequências dramáticas que as crises podem ter, no plano social, familiar e individual, a vida da pessoa complica-se e perturba-se muito, restringindo de forma marcante a sua capacidade de adaptação e autonomia.
O tratamento adequado para a prevenção das crises (se são graves e/ou frequentes) é essencial para evitar os muitos riscos inerentes à doença.

9 - HÁ TRATAMENTO PARA AS CRISES E PARA A DOENÇA BIPOLAR?

Não há nenhum tratamento que cure a doença por completo. No entanto, há grandes possibilidades de controlar a doença, através de medicamentos estabilizadores do humor, cuja acção terapêutica diminui muito a probabilidade de recaídas, tanto das crises de depressão como de «mania». Os estabilizadores do humor são a Olanzapina, a Lamotrigina, o Valproato, Carbonato de Lítio, Quetiapina, Carbamazepina, Risperidona e Ziprasidona.
As crises depressivas tratam-se com medicamentos ANTIDEPRESSIVOS ou, em casos resistentes, a elecroconvulsivoterapia. As crises de mania tratam-se com os estabilizadores do humor atrás referidos e com os medicamentos neurolépticos ANTIPSICÓTICOS.
Naturalmente, o apoio psicológico individual e familiar é um complemento indispensável para o tratamento.
As crises graves obrigam a tratamento hospitalar em muitos casos.

10 - PORQUE É TÃO IMPORTANTE A CONSCIENCIALIZAÇÃO DOS DOENTES, DOS FAMILIARES E DE OUTRAS PESSOAS SOBRE A DOENÇA BIPOLAR?

A noção de doença mental na opinião pública é, em geral, muito confusa e pouco correcta. Verifica-se uma tendência para considerar negativamente as pessoas que sofrem de doenças psiquiátricas e é frequente a ideia de que as doenças mentais são qualitativamente diferentes das outras doenças. É muito comum imaginar que há uma «doença mental» única («a doença mental»), atribuindo às pessoas que tenham sofrido crises, um prognóstico negativo de incurabilidade, aferido erradamente pelos casos de doentes mentais mais graves e crónicos. Por vezes o diagnóstico médico das diferentes doenças psiquiátricas não se faz na altura própria, por variadas razões, e isso acontece, com alguma frequência, na Doença Bipolar.
O conhecimento, mesmo que simplificado, das características da Doença Bipolar facilita a seu reconhecimento aos próprios (que a sofrem) e aos outros, possibilitando uma maior ajuda a muitas pessoas que carecem de um tratamento médico adequado e de uma solidária compreensão humana.
# texto retirado do site  da associação de apoio aos doentes bipolares.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Um sentimento ...

 Escrevo nessa postagem as palavras de uma pessoa que sofre de depressão bipolar, logo postarei a explicação sobre essa doença.
Palavras de N:"Tenho uma palavra que ultimamente está tendo significados distorcidos, diferentes do que eu tinha, da palavra sentimento.
Sentimentos? são vários, mas sabe aquela sensação de angústia, aquele "nó" na garganta? sabe aquela sensação que você está só e ao mesmo tempo tem bastante dedos para te apontar? aqueles olhos pra te julgar....
É estranho quem está de fora ver esse sentimento. Ver? duvido que alguém pelo menos imagina, porque não tem a mínima idéia de que alguém sente vontade de sumir e ao mesmo tempo tem vontade de ser feliz em outra vida, está cansada daquela mesmice, quer sei lá, mudar e não pode faze-lo.
A dias que o sentimento de fraqueza é tão intenso que você quer sumir, e  vaporar e até morrer, parece que a morte trará fim aquela dor sem explicação, aquelas coisas que passam na sua mente e não tem explicação. Muitos tentam o suicídio, mas essa hora é a hora da dor crítica, do desespero, da vontade de estar nas nuvens. É o querer ter paz, não digo paz religiosa, digo paz contigo mesma, de corpo e mente!
Confesso tentei por duas vezes, quando a tristeza, a dor , a angústia, o fracasso me tomou conta, quando me senti querendo gritar e gritar e correr ,correr e me soltar e não conseguir.....eu quis ter paz e não tentei suicídio, mas eu queria ficar em coma, queria ficar meses dormindo e poder acordar e tudo ter passado, tentei 2 vezes, mas foram fracassados, não sei se fico triste ou feliz por não ter conseguido.
Teve um tempo que eu mudei, estava mais falante, emanava alegria, eu pensei que tudo estava mudando pra melhor, eu estava melhor! Que nada ,logo a alegria foi como se podada....perdi o brilho,
o sorriso, pra dar lugar a tristeza.
Então posso dizer que eu sou uma mistura de euforia com tristeza, do sorriso sem sentido, da tristeza sem razão, enfim, sou oque? não sei responder, no momento estou a procura do meu EU"



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Um pouquinho sobre depressão!

Generalidades
Depressão é uma palavra frequentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.


Como é?
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:

  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Dificuldade de concentração
  • Alterações do apetite e do sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.

Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são: 

 
.     Pessimismo
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
  • Irritabilidade ou impaciência
  • Inquietação
  • Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
  • Chorar à-toa
  • Dificuldade para chorar
  • Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
  • Dificuldade de terminar as coisas que começou
  • Sentimento de pena de si mesmo
  • Persistência de pensamentos negativos
  • Queixas freqüentes
  • Sentimentos de culpa injustificáveis
  • Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual



  •  

    Diferentes tipo de depressão
    Basicamente existem as depressões monopolares (este não é um termo usado oficialmente) e a depressão bipolar (este termo é oficial). O transtorno afetivo bipolar se caracteriza pela alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor. A depressão monopolar só tem fases depressivas. 





    A identificação da depressão
    Para afirmarmos que o paciente está deprimido, temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.



    Causa da Depressão
    A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.
    Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.

    Última Atualização: 8-10-2004
    Ref. Bibliograf:
    Liv 01 Liv 19 Liv 03 Liv 17 Liv 13 Eur. Psychiatry 2001; 16: 327-335
    Relapse and Recurrence Prevention in Major Depression
    JG storesum
    J Psychiatry Res. 2000; 48: 493-500
    Severe Depression is Associated with Markedly Reduced Heart Rate?
    Phillis K Stein Psychiatry Research 2001; 104: 175-181
    Symptoms of Atypical Depression
    Michael Posternak

    Apresentação,doença do século!

    Apresentação!

    Pior do que a solidão , é a sensação de exclusão, de se ficar de fora da festa. A noção de que alguém está vivendo, no seu lugar,  agora, a sua vida sonhada.
    Pior do que estar sozinho, é estar sozinho porque foi preterido, isto é, foi dispensado porque perdeu (ou nunca teve) a preferência para outro.
    Pior do que ficar de fora, de se sentir deixado de lado, é assim estar por não ser, e então por não se sentir, bom o suficiente. Ou por ser, e se sentir insuficiente, inapropriado, indesejável, inadequado, indevido, inconveniente, incompleto, inaceitável. A realidade lhe comunica que você não serve. Não está pleno de si. Não está à altura. Está abaixo das expectativas.
    A sensação de ser esquecido, a sensação de rejeição, seja pelos outros, pelas circunstâncias ou por si é a pior sensação psicológica.
    Ela também tem o nome de desprezo, menosprezo, desconsideração,desapreço, descaso, negligência, abandono, desamparo. É a atitude de quem não está nem aí para você. Parabéns, conheceu muito bem o significado de desdém.
    É a sensação de que não se precisava existir, e que, existindo, não faz falta. Isso tudo passa na vida de um depressivo? sim e não....
    As vezes nem isso passa, as vezes não passa nada além de uma tristeza enorme, um buraco negro que parece querer te engolir.
    Nesse blogger tentarei mostrar  como é ser alguém com algum tipo de doença psicológica, vivenciada por pessoas reais.
    O tema de maior ênfase nesse blogger será a depressão!!